segunda-feira, 12 de outubro de 1981

Nesga de céu

Uma nesga de céu visitando meu quarto
Me abate de fraco, me enche de azul.
Pela aberta janela entrou de mansinho
E meu único medo é que queira fugir.
Uma fresta no teto se abriu em silêncio,
Como pra vigiar minha nesga de céu.
Ela fica num canto, me olhando de longe
E eu fico sorrindo, olhando pra lá.
Não importa por que ou pra que ela veio;
Interessa apenas que fique ali
Se escondendo e, no entanto, azulando meu rosto,
Para que o meu ser nunca deixe de ser
Uma nesga de céu visitando teu quarto
Te abate de fraca, te enche de azul.
Pela aberta janela entrou de mansinho
E teu único medo é que queira fugir.
Uma fresta no teto se abriu em silêncio,
Como pra vigiar tua nesga de céu.
Ela fica num canto, te olhando de longe
E tu ficas sorrindo, olhando pra lá.
Não importa por que ou pra que ela veio;
Interessa apenas que fique ali
Se escondendo e, no entanto, azulando teu rosto,
Para que o teu ser nunca deixe de ser
Uma nesga de céu visitando meu quarto...


Letra e música de Flávio Fonseca

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