Teu cabelo anda tão desarrumado
Vi inícios de olheiras em teu rosto
Tenho gosto em te ver menos calado
Ao teu lado, encontrar-te mais disposto.
Valeria repetir-te muitas vezes
Que um beijo une, ordinariamente,
E se é quente, tanto mais se leva meses
Longos meses pra esquecer completamente...
Mas termina-se um dia a espera
E distante de tudo, eu prometo
Nesses tempos acres, te animar
Selo nossa parceria sincera
Doravante é teu este soneto
Quero ouvir-te falar com outro ar.
Letra e música de Flávio Fonseca
Acabei de fazer esta música há uma hora e meia.
Nela me coloco na posição de meus amigos, me dizendo coisas numa fase em que eu estava muito baixo-astral e precisando deles.
Na letra estão escondidos os nomes de oito deles (dez, na verdade) que foram muito importantes nesta fase, por terem dito o que a letra diz, ou simplesmente por estarem por perto. Naturalmente, não deu pra citar todos. Os citados foram (ordem alfabética): Alarcon, Cristiane, Dora, Júnior (o Aroldo e o Ronaldo), Luanda, Marcelo, Valéria (a Fajardo e a Fontenelle) e Vinícius.
Dedico a música a todos os não citados (Simoninha, Ana Maria, Duda, Flôr, Simone Néri, Lilian, Hosana...).
domingo, 22 de junho de 1986
Dos meus amigos
quinta-feira, 19 de junho de 1986
Sobre a dor
Toda dor é combustível
Para voos mais além
E voar é impossível
Com a dor que não se tem
Cada dor é alimento
Fortalece o despertar
Poesia é o aumento
Desse dom de alimentar
Quando dói no fundo o peito
É sinal que se cresceu
O pior já está feito
E no fim há o proveito
Do sustento do Eu
Se chorar é um consolo
Não chorar é bem melhor
Cada ato é um tijolo
E o amor, pedreiro-mor.
Letra e música de Flávio Fonseca
Gravada no CD A Força que Ecoa em Todo Canto, em 16 Mai 1996.
Traduzida para o esperanto por Sylla Chaves, e incluída no livro Brazila Esperanta Parnaso, em 2007.
Em 10 Jun 1996, recebi do meu amigo poeta Márcio Vianna o seguinte fax:
Flávio, somente neste fim-de-semana "enforcado" consegui, realmente, curtir o seu disco. Gostei demais. Parabéns! Gostei da cara nova do que eu já conhecia, e gostei demais do que ainda não conhecia. Adorei especialmente "Sobre a dor". Gostei tanto, que...
Dor sobre dor
(letra de Márcio Vianna sobre música de Flávio Fonseca)
Nossa dor, insuportável,
se vivida em solidão,
pois pior que sofrer juntos
é a dor da separação!
Se somar é condividir,
não somar é diminuir:
reduzir-se a dois nadas
e por zero multiplicar!
Quando não se vê mais jeito
é a hora de apertar
um e um de encontro ao peito
e só assim há o proveito
daquilo que doeu!
Quando dois estão unidos
e em nome d'O Amor,
há a chance d'O Milagre
vir no meio se interpor!...
Para voos mais além
E voar é impossível
Com a dor que não se tem
Cada dor é alimento
Fortalece o despertar
Poesia é o aumento
Desse dom de alimentar
Quando dói no fundo o peito
É sinal que se cresceu
O pior já está feito
E no fim há o proveito
Do sustento do Eu
Se chorar é um consolo
Não chorar é bem melhor
Cada ato é um tijolo
E o amor, pedreiro-mor.
Letra e música de Flávio Fonseca
Gravada no CD A Força que Ecoa em Todo Canto, em 16 Mai 1996.
Traduzida para o esperanto por Sylla Chaves, e incluída no livro Brazila Esperanta Parnaso, em 2007.
Em 10 Jun 1996, recebi do meu amigo poeta Márcio Vianna o seguinte fax:
Flávio, somente neste fim-de-semana "enforcado" consegui, realmente, curtir o seu disco. Gostei demais. Parabéns! Gostei da cara nova do que eu já conhecia, e gostei demais do que ainda não conhecia. Adorei especialmente "Sobre a dor". Gostei tanto, que...
Dor sobre dor
(letra de Márcio Vianna sobre música de Flávio Fonseca)
Nossa dor, insuportável,
se vivida em solidão,
pois pior que sofrer juntos
é a dor da separação!
Se somar é condividir,
não somar é diminuir:
reduzir-se a dois nadas
e por zero multiplicar!
Quando não se vê mais jeito
é a hora de apertar
um e um de encontro ao peito
e só assim há o proveito
daquilo que doeu!
Quando dois estão unidos
e em nome d'O Amor,
há a chance d'O Milagre
vir no meio se interpor!...
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