É difícil começar esta carta, pois não existem muitas palavras na língua humana pra dizer seja o que for. Outro ano passa, e a vontade é te olhar, sorrir, e te dar um abraço. As palavras, mais que desnecessárias, são inúteis. Estamos caminhando juntos - nós e todas as pessoas que nos cercam. Pouca diferença faz quem caminhou mais ou quem entrou na estrada primeiro. O tempo é psicológico, abstrato, e sua faceta mais importante chama-se oportunidade. Esta, sim, deve ser comemorada. Por ela faz sentido seus amigos alegrarem-se e te dizerem: parabéns! Mais uma oportunidade bem aproveitada; felicidades te desejamos em mais uma prova que surge! E continuamos, todos, caminhando juntos, aniversariando diariamente, vivendo anos em cada segundo bem vivido, e crescendo largamente em cada proveito para os outros que tiramos de nossas próprias experiências. Viver é se expandir, tentar é aprender, acertar é se vencer! E que Deus aceite nosso agradecimento pela dimensão tempo, que nos permite avançar e repetir se for preciso.
Feliz aniversário para todos nós, para todos aqueles que começaram mais um dia, para todos os que deram mais um passo. Viva a vida!
Um beijo!
Flávio
(carta enviada à minha amiga Adriana, de Belo Horizonte)
quinta-feira, 20 de outubro de 1988
sexta-feira, 20 de maio de 1988
Peito moleque
Nesse meu peito moleque
Escondido tenho um leque
De aventuras colossais
Minha pele é quase "black"
Sou zagueiro e sou beque
E muito mais
Quando o samba vira breque
Reco-reco reco-reque
Pois é tudo carnaval
E sem mais salamaleque
Beijo o copo e a mulher, que
Eu sou normal
Mas você fica tristonha
Molha e salga sua fronha
Diz que tá tudo ruim
Se viajo a serviço
Me acusa de sumiço
E - ai de mim!
Meu amor, por mais que eu peque
Seu olhar me dá um xeque
E eu volto à razão
Diga ao seu pranto que seque
Que, no fundo, o meu pileque
É de paixão.
Composta (letra e música) em João Pessoa/PB, para o sambista João Nogueira, durante turnê que fiz com ele pelo país.
Escondido tenho um leque
De aventuras colossais
Minha pele é quase "black"
Sou zagueiro e sou beque
E muito mais
Quando o samba vira breque
Reco-reco reco-reque
Pois é tudo carnaval
E sem mais salamaleque
Beijo o copo e a mulher, que
Eu sou normal
Mas você fica tristonha
Molha e salga sua fronha
Diz que tá tudo ruim
Se viajo a serviço
Me acusa de sumiço
E - ai de mim!
Meu amor, por mais que eu peque
Seu olhar me dá um xeque
E eu volto à razão
Diga ao seu pranto que seque
Que, no fundo, o meu pileque
É de paixão.
Composta (letra e música) em João Pessoa/PB, para o sambista João Nogueira, durante turnê que fiz com ele pelo país.
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