sexta-feira, 20 de junho de 1980

Fuga

Fuga
Meia volta e perco o rumo
Sem razão e sem desculpa
Vou andando sem saber
Pra que lado gira o sol
Fuga
Insensata e descabida
Incessante e dolorida
De quem sabe o que fazer
Mas já não sabe o que faz

Ah, amor, eu não consigo mais ser
Um pedaço de vida doída
Que já não é de nós
Que já não é vivida
Que já não é de nós
Que já não tem sentido.

Fuga
Meia volta e vou sofrendo
Sem adeus e sem motivo
Como quem vai sem querer
Porque não sabe ficar
Fuga
Insensata e insane
Por amor e por loucura
Como quem apenas vai
Mas já não sabe onde vai.


Letra e música de Flávio Fonseca

sábado, 7 de junho de 1980

Os oito sentidos

Ouvir tua voz me alimenta
Saber tuas palavras me mantém aceso
Olhar teu olhar me incendeia
Sentir teu pensamento me mantém alerta

E esta força me faz recordar
E esta força me faz suportar

Provar tua boca me mata
Amar o teu sorriso me mantém vivendo
Cheirar o teu ar me estontece
Tocar os teus cabelos me mantém contigo

E esta força me faz levantar
E esta força me faz retentar

Amar tua voz me incendeia
Ouvir tuas palavras me mantém alerta
Tocar teu olhar me estontece
Saber teu pensamento me mantém contigo

E esta força me faz procurar
E esta força me faz rebentar

Olhar tua boca me salva
Provar o teu sorriso me mantém aceso
Sentir o teu ar me alimenta
Cheirar os teus cabelos me mantém vivendo

E esta força me faz renegar
E esta força me faz te encontrar.


Letra e música de Flávio Fonseca