Minha amiga,
todos nós somos pontinhos,
pequeninhos,
mas que guardam coração,
qual semente,
que parece esquecida,
mas é vida
preparando a explosão
comovida,
pois que brilha e que sente
como a gente
que irradia vibração
(precisamos
ver com naturalidade
a verdade
que envolve esta questão).
Nós amamos,
mesmo sem ter explodido,
e contidos
numa má situação;
e há seres
com tamanha exuberância,
numa ânsia
de mostrar o que não são,
numa briga
que não levará a nada,
qual pancada
que se dá em furacão,
e pensando
que viver em outro nível
é possível
sem amor e união...
E só quando,
já cansados e sedentos
de momentos
de real evolução,
perceberem
que não há nada lá fora,
eis a hora
de dar nossa opinião.
E diremos,
nós que já fomos cansados,
escoltados
pela nossa solidão,
que devemos
ver em nós nossos caminhos:
os pontinhos
de partida da emoção.
Para a poetisa Áurea Lúcia
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