domingo, 3 de novembro de 1985

Labirinto

Se eu te amo, meu amor é tranquilo;
Se eu choro, o meu pranto é bonito;
Se eu falo, o que digo é aquilo
Que se esprai dentro do infinito.

Se é saudade o que mexe comigo,
Te rever não altera o que sinto,
Pois o tempo eterno é exíguo
Pra me achar nesse teu labirinto.

O pesar do silêncio é tanto,
Que a dor já é quase antiga.
Se é divino o que anima o meu canto,
Não me conte, pra que ele prossiga.

Esse abraço que a vida merece
É o que acende e mantém minha infância,
Que, em suma, é o que tem importância,
Pela qual esse som permanece.


Letra e música de Flávio Fonseca

Nenhum comentário:

Postar um comentário